Finalizado
os primeiros sete dias de flexibilização do isolamento social, embora estados
como o Rio de Janeiro, São Paulo e Ceará por exemplo tenham anunciado a manutenção
de lockdown em algumas de suas cidades, percebe-se que os números
continuam em linha ascendente. Isto é de fácil constatação quando comparados os
números de domingo (07 de junho) com segunda-feira (01 de junho) data do início
da flexibilização.
Quanto aos números da pandemia divulgados pelo
ministério da saúde, não há qualquer segurança ou certeza em relação a totalização,
já que após cinco dias manipulando as informações visando esconder a real situação,
o governo divulgou e esconder uma coisa para a imprensa e publicou outra no
portal do ministério da saúde. Entre as duas informações existe uma diferença
para menor de 6.331 casos confirmados e 857 mortes.
Contudo, considerando os números de 1º de junho (526.447
casos confirmados e 29.937 mortes) e os que foram divulgados no portal do
ministério da saúde ontem 07 de junho, passamos para 691.758 casos confirmados e
36.455 mortes. Se levarmos em consideração o número divulgado para a imprensa,
teremos que acrescentar 6.331 aos casos confirmados e 857 no quantitativo de mortes.
E mais, a manipulação dos dados pelo governo federal
afeta diretamente a taxa de mortalidade e o índice de letalidade, senão vejamos:
se considerarmos os números registrados segunda-feira dia 01 de junho em
relação aos números divulgados no portal do ministério da saúde ontem, teremos
uma taxa de mortalidade média de 931 pessoas mortas por dia ficando o índice de
letalidade em 5,27%. Já se considerarmos os números divulgado para a imprensa
ontem à noite a taxa de mortalidade média de 1.054 pessoas mortas por dia
ficando o índice de letalidade em 5,44%.
Portanto, ainda que o governo federal tenha alterado a
metodologia de divulgação das informações, com a clara intenção de dificultar o
acesso às informações em relação aos números do Covid 19 no Brasil, e que
também esteja fazendo a recontagem no sentido de diminuir o quantitativo de
óbitos, atribuindo outras causa mortis, e embora tenham sido identificadas comorbidades em algumas
vítimas que vieram à óbito, não dá para esconder o fato de que esses óbitos se
deram por agravamento da condição preexistente em decorrência do novo
Coronavírus.
Tentar excluir das estatísticas
pessoas que por ter uma situação de comorbidade, perderam suas vidas por
agravamento dessa condição em decorrência do coronavírus, é tentar mascarar a realidade
e enganar o povo, para dizer o mínimo. Seria por exemplo dizer que uma pessoa
que possui uma doença preexistente e vem à óbito vítima de um atropelamento, morreu
em decorrência de sua situação de comorbidade e não em consequência do
atropelamento.
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