Não
acompanhei in loco o Concurso de Miss Maracanaú, até porque, com todo
respeito aos que pensam diferente, acredito que a despeito da beleza e
exuberância inquestionáveis das mulheres de nossa querida Terra das Maracanãs -
sejam elas maracanauenses natas, naturalizadas ou as agregadas - em termos práticos,
este concurso em pouco ou em nada contribui para o desenvolvimento e o
crescimento educacional, econômico, político ou social de nossa cidade.
Contudo,
mesmo não tendo acompanhado de perto, não pude deixar de perceber mais uma vez
o velho discurso da “Minhoca”, ou seja, não escolheram um filho da terra. Entenda-se
como filho da terra os que nasceram no torrão, independente de terem contribuído
ou não com alguma coisa. Deste modo percebi, que mesmo pessoas ligadas financeira
e economicamente criticando e até acusando a prefeitura de ter interferido e
feito marmelada, porque a escolhida segundo eles não era maracanauenses.
Esse
tipo de postura e de acusações, não é digno de quem prega a dignidade,
principalmente porque apregoam suas acusações a pessoas que trabalham duro para
a organização e realização dos eventos, não só esse, mas todos os tipos de eventos
culturais do município, como é o caso da Fabíola Teixeira, que ao longo dos
anos tem dedicado sua capacidade e competência a serviço da cultura em nosso
município. Ela assim como muitas outras pessoas que atuam na secretaria de
cultura, são o que eu poderia chamar de “pau pra toda obra”.
Quanto
as autoridades de maior escalão como é o caso do secretário Gerson Cecchini e o
próprio prefeito Firmo Camurça, estas pessoas sequer tem coragem de marca-los
em suas postagens. Talvez, porque as críticas venham das mesmas pessoas, que além
de ter vínculo financeiro e/ou econômico com a prefeitura, também são as mesmas
que no São João de Maracanaú, por exemplo, vão a caça dessas autoridades hierarquicamente
superiores para rogar por dezenas, ou até centenas de cortesias para os camarotes,
chegando ao ponto de posta-las em leques nas redes sociais para mostrar que “são
assim com os homi”.
Deste
modo, quanto as acusações de que houve “falcatrua” na escolha da eleita, vejo
apenas como discurso de pessoas que não obtiveram êxito em eleger suas
escolhidas - por mais que ela ou elas merecessem – assim, do meu leigo ponto de
vista, faltou competência e articulação de seus agenciadores, pois se realmente
estes acusadores acreditassem no que dizem, quanto as supostas “falcatruas” por
certo teriam ido ao Poder Judiciário pedir justiça para suas representadas.
Em
todo caso, procurei me informar sobre o regulamento, para saber, quais os
requisitos exigidos para uma candidata representar determinado município. Segundo
fui informado, como Maracanaú, possui regulamento próprio segue os requisitos
do Regulamento Estadual, então fui consulta-lo para saber quais os requisitos
exigidos, se exige por exemplo que a candidata seja, “filha da terra” como insinuam
os acusadores, ou se não, qual o tipo de vínculo.
Foi
então que entendi porque os acusadores não foram a justiça, para pleitear a anulação
do concurso em Maracanaú, já que alegavam que houve “marmelada”. Não foram
simplesmente porque não encontrariam guarida, pois Regulamento estadual diz que
a candidata a Miss estadual deve obrigatoriamente representar um município e a
comprovação de representação municipal poderá ser feita de UMA DAS SEGUINTES
FORMAS:
Apresentação de uma conta de telefone fixo, serviço público, cartão de
crédito em nome da candidata, referente ao município a ser representado; Apresentação
de uma conta de telefone fixo, serviço público, cartão de crédito em nome de um
dos pais, irmãos e/ou avôs da candidata, referente ao município a ser representado;
E Caso a candidata não resida no município que pretende representar, pede-se obrigatoriamente,
a apresentação de um oficio da Prefeitura Municipal ou de um órgão oficial
associado (secretarias municipais, gabinete do prefeito, câmara de vereadores),
indicando a legitimidade da candidata como sua representante.
No
caso de Maracanaú, conforme fui informado pela secretaria de Cultura e Turismo
de Maracanaú, a modelo Luana
Lobo, representante do bairro Mucunã, que foi a vencedora do Miss Maracanaú
2019, realizado na noite de sábado, 2 de fevereiro, no Teatro do Centro
Cultural Dorian Sampaio apresentou além do RG com sua naturalidade
maracanauenses, o comprovante de residência em nome de seus avôs na Mucunã. (Foto Artur Filho da extraída da página oficial da prefeitura de Maracanaú).
É interessante retroagir um pouco no tempo e destacar, que este mesmo grupo que hoje, não aceita a vitória da Luana Lobo, protestou contra a vitória de Yasmim Martins no Miss Maracanaú 2017, quando a candidata deles Isabele Viana perdeu o título. Assim, penso que independente de mudar ou não a organização do evento em Maracanaú, se a favorita deles não for eleita eles jamais aceitarão o resultado, parece até que sofrem da “Síndrome de Aécio Neves.”
É interessante retroagir um pouco no tempo e destacar, que este mesmo grupo que hoje, não aceita a vitória da Luana Lobo, protestou contra a vitória de Yasmim Martins no Miss Maracanaú 2017, quando a candidata deles Isabele Viana perdeu o título. Assim, penso que independente de mudar ou não a organização do evento em Maracanaú, se a favorita deles não for eleita eles jamais aceitarão o resultado, parece até que sofrem da “Síndrome de Aécio Neves.”