Geralmente
sejam em períodos que antecedem aos governos ou durante sua existência existe
por traz uma ou mais estrutura de poder que lhe dê sustentação. Isso acontece
desde a antiguidade e a história está cheia de exemplos, mostrando que
geralmente quando essa estrutura de poder não nasce arbitrária, acaba por
tornar-se no curso de sua existência.
Falando
de Brasil, tivemos como exemplo desse tipo de órgão de controle, durante o período
da Ditatorial Militar Brasileiro uma estrutura organizada de poder lhe deu sustentação
e sob a orientação Norte-Americana, sob a falsa bandeira de combate ao
comunismo, manteve no Poder um governo de “Generais”, que reprimiu fortemente os
movimentos partidários, estudantis e sociais que lhes eram contrários.
Essa
estrutura de sustentação do Poder durante a Ditadura Militar Brasileira,
chamava-se DOI-CODI, ou Destacamento de Operações de Informação do Centro de
Operações de Defesa Interna que foi um órgão de inteligência e repressão do
governo brasileiro subordinado ao Exército, durante o regime inaugurado com o
golpe militar de 1964, que tinha por missão primária combater inimigos internos
e sob o falso pretexto de ameaça a segurança nacional, cometeu a mais cruéis atrocidades,
com os brasileiros que se insurgissem contra aquele período de opressão de
nossa história.
E
a exemplo de outros órgãos de repressão brasileiros no período, a sua filosofia
de atuação era pautada na Doutrina de Segurança Nacional, formulada no contexto
da Guerra Fria nos bancos do National War College, instituição norte-americana,
e aprofundada, no Brasil, pela Escola Superior de Guerra (ESG). Essa estrutura nasceu
a partir de uma “Operação” denominada Bandeirante (OBAN), criada em 2 de julho
de 1969 em São Paulo, com o objetivo de coordenar e integrar as ações dos
órgãos de repressão a indivíduos ou organizações que na visão do governo dos
generais representassem ameaça à manutenção da segurança do regime.
Na
atualidade vivenciamos uma situação semelhante, em relação a chamada Força
Tarefa “Operação Lava-Jato, que guardadas as proporções e o modus operandi, traz
sutis diferenças. Naquele tempo o DOI-CODI surgiu para por meio da força repressiva
- usando inclusive a tortura e ao assassinato como meios coercitivos - dar
sustentação ao governo dos generais.
A
Operação Lava-Jato por sua vez, que conforme amplamente noticiado na mídia
brasileira e estrangeira, principalmente com as últimas revelações do The
Intercept, também tem estreitos laços com os Norte-Americanos, veio inicialmente
não para dar sustentação a um novo governo, mas sim para em nome da Lei, mas a
desrespeitando por completo, preparar o caminho para o “novo governo” que ai
está.
Para
alcançar seu objetivo, os integrantes da Operação Lava-Jato, sob a orientação de
um Juiz Federal, treinado pelas Agências de Inteligência (Espionagem) Norte-Americana,
usaram a mídia para insuflar ao povo, que mais uma vez foi usado como massa de
manobra, possibilitando assim a derrubada um governo popular, que apesar dos
erros - principalmente em relação as alianças políticas - mudou a fisionomia
brasileira, tirando-o da obscuridade e da subserviência aos Norte-Americanos e
colocando o País como protagonista na história, como o País que tirou milhões
de brasileiros da miséria.
Os
métodos obscuros e ilegais desse “...grande acordo nacional com o Supremo com
tudo...”, começaram a vir a público agora, e vem mostrando as artimanhas,
abusos e ilegalidades de que lançaram mão para derrubar um governo
democraticamente eleito, por um crime de responsabilidade inexistente, com um
processo de impeachment pré-fabricado, já que Dilma foi inocentada depois. E mais, se pedalada fosse crime, todos
os presidentes da República brasileira deveriam estar na cadeia.
Não
importa se os métodos usados para divulgar os diálogos criminosos trocados
entre o então Juiz da Causa e hoje Ministro da Justiça e Segurança Pública Sérgio Moro, e os Membros da Força Tarefa, são ilegais ou não, afinal
o próprio Deltan Dallagnol Coordenador da Força
Tarefa Operação Lava-Jato: quando eles
próprios vazaram os diálogos entre a então presidente Dilma e o ex-presidente
Lula, que foram gravados horas depois de ter inspirado a autorização judicial
para gravar: "...no conflito
entre direto à informação sobre grave crime e direito à privacidade, ganha
interesse público...”.