TEORIAS DA CONSPIRAÇÃO: ENTRE FATOS E BOATOS

Lendo algumas postagens sobre a nova tentativa de polêmica criada pelo presidenciável enfermo (eu disse enfermo e não dos infernos) Jair Messias Bolsonaro, que afirmou que somente existirá legitimidade nas eleições se ele for eleito. Caso o contrário será fraude pela via de manipulação de dados, ou seja, hackeamento das urnas eletrônicas. Talvez porque eu seja um adepto nato da teoria da conspiração, acredite que embora improvável essa tese não é impossível teórica e conspiratoriamente falando.

Mas não confundamos uma boa teoria da conspiração, com uma forma desesperada e não inusitada de afirmar-se como candidato eleito, ou em não sendo eleito - o que provavelmente acontecerá - colocar-se de forma antecipada e premeditadamente como vítima de um sistema, que elege apenas os que estão no "esquema". Não podemos esquecer, entretanto, que Bolsonaro vem se elegendo e reelegendo repetidas vezes por esse mesmo sistema - esquema - que ele agora acusa de conspirar contra ele. Em não sendo eleito, é claro.

Mas por falar em teoria da conspiração, vejamos a minha, sobre o "atentado contra a vida de Bolsonaro". O primeiro ponto que desejo “conspirar” diz respeito ao executor ter saído ileso. Acredito que em se tratando de um verdadeiro atentado, no meio de uma multidão de fanáticos como são os eleitores de Bolsonaro, o bandido que o esfaqueou teria se tornado imediatamente vítima de linchamento. E não seria uma dezena de policiais que impediria isso.

Segundo, o que ganhou Bolsonaro com esse atentado? A resposta é simples meus amigos. Ele ganhou, tempo de exposição na grande mídia nacional, e em se tratando de sua campanha eleitoral ele não tinha tempo no horário gratuito sequer para dizer BOZO e agora passou a ser um dos que mais aparece no horário nobre - Jornal Nacional - Bolsonaro isso, Bolsonaro aquilo, Bolsonaro aquilo outro. Ganhando mais visibilidade até mesmo que o Geraldo Alckmin que tendo conseguido arrematar o maior número de siglas em nível nacional, conseguiu o maior tempo de televisão.

E Bolsonaro ainda tem o fator vitimização, que pelo menos para os fanáticos, desinformados ou analfabetos políticos, tira-o da condição de vilão - racista, homofônico, preconceituoso e fomentador do fuzilamento em massa - para a condição de vítima. Ou seja, ele pensa que poderá convencer a “pobre e caridosa e compadecida” população brasileira de que é um coitadinho. Então neste ponto, minha teoria da conspiração sobre a "tentativa de assassinato" é a seguinte:

Houve uma combinação para uma “perfuraçãozinha” superficial ou de raspão, visando apenas a vitimização. Entretanto, no momento da execução em meio do "Ruge Ruge de gente" alguém deve ter involuntariamente empurrado ou batido na mão do executor, mudando a trajetória daquele instrumento perfuro-cortante e provocando um dano além do esperado ou planejado. Mas isso é claro é apenas uma teoria da conspiração.

Contudo, eu acredito que nenhum dos demais presidenciáveis por mais idiota que fosse iria querer ou mandar matar Bolsonaro apenas por ele está à frente nas pesquisas, isso seria idiotice total. E mesmo se alguém quisesse realmente matá-lo, é sempre bom lembrar que atualmente existem rifles de alta precisão, capazes de acertar uma bala entre os olhos de um ser humano a dois mil metros de distância, sem estragar as córneas. Então por que se utilizar de um método tão arcaico e arriscado?

PORQUE LULA NÃO É CANDIDATO A PRESIDENTE

Todos sabem que sou eleitor do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva, e agora com a negativa do TSE em conceder o registro de sua candidatura - o que já era esperado - passo a votar em Fernando Haddad. Entretanto, como venho fazendo desde antes das convenções partidárias, não poderia deixar de externar opinião sobre a postura dos líderes petistas, em insistirem e tentarem incutir na cabeça do eleitorado - em especial aqueles de conhecimento mediano - que Lula seria candidato. É notório, que as forças opressoras da classe trabalhadora, ao articularem o golpe que destituiu ilegalmente Dilma Rousseff da presidência da República - inventando inclusive um Crime de Responsabilidade onde não existia - não iriam tão longe para permitir agora que Lula volte a governar o País novamente.

Isto mesmo, Dilma Rousseff, foi apenas um instrumento usado para se chagar a um fim, qual seja, a prisão de Lula e consequentemente sua inelegibilidade como vemos agora julgada em tempo recorde pelo Tribunal Superior Eleitoral. Claro que Lula não é “Santo”. Mas na política, quem o é? É evidente que não concordo nem comungo com a ideia do “rouba mais faz”, mas pior são os que roubam e não fazem. Com toda certeza sou contra a impunidade e sou a favor da celeridade processual. Mas o que dizer, de Aécio Neves, Rocha Loures, Geddel Vieira, Renan Calheiros, Paulo Maluf dentre tantos outros políticos que no Brasil pós golpe são endeusados pelos mesmos homens probos que gritavam não a corrupção.

Quanto ao tempo recorde que o Poder Judiciário e o Ministério Público, com toda pompa e circunstância levou para denunciar, para julgar e condenar o ex-presidente Lula, é inconcebível tanta celeridade por parte do mesmo Poder Judiciário que levou 20 (vinte anos) para condenar Paulo Maluf, e no mesmo judiciário que não ver indícios de crime em malas contendo mais de R$ 2 milhões de reais ou em um bunker com mais de R$ 53 milhões de reais, mas que como um The Flash tenha finalizado Inquéritos, formulado e recebido denúncia, julgado e condenado em segunda instância e ainda, mesmo antes de se esgotados os recursos a que o réu tem direito, determinado sua prisão e o tornado inelegível. Parabéns Republica de Curitiba, STJ. STF e TSE, rogo aos deuses que esta celeridade seja aplicada a todos os casos, inclusive de juízes desembargadores e ministros sob os quais pesam a pecha de vender Alvarás Libertários e Sentenças Judiciais para soltar traficantes e bandidos de organizações criminosas;

Mas voltando a candidatura de Lula, há que se refletir se esse eleitorado mediano do ex-presidente, entenderá a manobra petista, como uma estratégia política e manterá seu voto em Fernando Haddad, que na verdade sempre foi o plano “A” dos líderes petista. Ou verá como uma tentativa de engana-los, insistindo numa coisa que todos - principalmente os líderes petistas - sabiam que as forças que articularam esquemas de mobilização de massa, com a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, e usaram da influência política e econômica do governo federal pós-golpe para engavetar processos e denúncias, inclusive contra o próprio presidente da República. Mesmo tendo como evidência, malas e bunker com milhões de reais.