Maracanaú foi elevado à categoria de distrito de Maranguape
em 1906, e nas décadas seguintes sua população aumentou, ganhando importância e
relativa autonomia e como resultado, os primeiros ensaios por sua emancipação tiveram
início nos anos 1950. Entretanto, foi em 1962 que o então distrito de
Maranguape, tornou-se emancipado pela primeira vez.
Contudo, as articulações políticas em nível nacional, que culminaram
com o Golpe Militar de 1964, além de tirar a liberdade e a vida de muitos brasileiros,
roubou-nos 21 anos de existência como cidade. Isto porque, todas as emancipações
realizadas até 02 anos antes do Golpe foram revogadas. E com isso, Maracanaú
voltou à condição de distrito de Maranguape, impedindo assim que estivéssemos hoje
com 56 anos de emancipados.
Depois destes acontecimentos, mais precisamente no ano de 1983,
portanto, 20 (vinte) anos depois e com através do empenho de muitos maracanauenses,
o povo decidiu pela emancipação de Maracanaú, através de um plebiscito. E,
embora, comemoremos a data da emancipação no dia 06 de março de 1983 (data do
plebiscito), o Ato Legal de desmembramento de Maracanaú, de sua terra mãe (Maranguape)
data de 04 de julho (independência dos Estados Unidos da América), que se deu
por meio da Lei Estadual 10.811 de 04/07/1983. (Foto)
Isto mesmo foi esta, a lei que determinou o desmembramento e dispôs
sobre as fronteiras de nossa cidade. Embora naquele período o governador fosse
Luiz Gonzaga Fonseca Mota, nossa Lei de Alforria Política, foi assinada pelo
vice-governador do estado José Adalto Bezerra de Menezes, tendo a primeira eleição municipal de Maracanaú ocorrido em
1984, quando foi eleito Almir Freitas Dutra, que assumiu a primeira
administração municipal de Maracanaú em janeiro de 1985 e foi assassinado em fevereiro
de 1987, quando chagava a Churrascaria Passarela para onde teria sido convidado
para o casamento do amigo Antonio Prata Neto (Pratinha).