Atualmente com uma rejeição
que beira aos 97% (noventa e sete por cento), o que pelo menos em tese do ponto
de vista político eleitoral o incapacita para a disputa presidencial em 2018, Michel
Temer que sucedeu presidente Dilma Rousseff, na presidência da República após
uma articulação macabra (para não dizer golpe), levada a efeito por políticos
de oposição ao governo petista, liderados por Aécio Neves e alguns empresários
poderosos capitaneados pela Fiesp, insatisfeitos com a gestão de Dilma. Michel Lulia
Temer, assumiu a presidência com a missão especifica de cortar os investimentos
nas áreas humanas como saúde, educação e assistência social e afetando em
especial a classe trabalhadora desse País.
Conseguiu alcançar sua
primeira meta quando encaminhou e aprovou junto aos deputados e senadores a chamada
PEC dos gastos públicos, congelando por duas décadas (20 anos) investimentos em
saúde, assistência e educação. Logo em seguida encaminhou e conseguiu aprovação
no Congresso Nacional, a chamada Reforma Trabalhista por meio da qual suprimiu
e até extinguiu direitos trabalhistas históricos. Interferindo inclusive nas representações
dos trabalhadores.
Até aqui, para aprovar estas duas
leis e ainda o arquivamento de uma denúncia de corrupção que pesava contra ele -
Michel Temer - que fora feita pela Procuradoria Geral da República, prometeu
distribuir entre os deputados e senadores, bilhões de reais sob a forma de
Emendas Parlamentares. Promessa que até agora não aparentemente não honrou. Falta
ainda a Reforma da Previdência que é a "menina dos olhos" dos
empresários, financiadores das campanhas, e dos políticos, que em sua grande
maioria são empresários seja direita, ou indiretamente (através de laranjas) e
por conseguinte, devedores contumaz da Previdência Social.
Seria ou será por meio desta
denominada Reforma Previdenciária que o governo federal pretendia ou pretende -
se ainda conseguir aprová-la - onerar cada vez mais o trabalhadores brasileiros,
tornando praticamente inviável sua aposentadoria, ao mesmo tempo em que mantém
ou manteria as regalias e aposentadorias milionárias para as cúpulas dos
Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. E mais, segundo debatido nos
bastidores do parlamento em Brasília, seria também aprovada uma espécie de exoneração
(perdão das dívidas) com a previdência dos grandes devedores, dentre estes, muitos
são empresários amigos da Corte, além de alguns dos políticos que pretendem debater
e aprovar a citada Reforma.
Ocorre que antes da aprovação
da Reforma da Previdência, os parlamentares, percebendo não terem recebido o
que lhes fora prometido para aprovação das medidas anteriores, inclusive o
arquivamento da denúncia de corrupção, aparentemente resolveram colocar Michel Temer
para escanteio e cuidar da própria sobrevivência. Para tanto, sob os olhares
desconfiados da população e os holofotes atentos da imprensa, iniciaram uma
discussão que chamaram de Reforma Política. Tal Reforma, nos moldes em que foi
apresentado o texto base, nada mais é do que uma forma esdrúxula de se
perpetuarem no poder. Uma vez que a maioria dos parlamentares, oscilando
entre o falso moralismo e as constantes críticas populares, trouxeram à baila,
duas propostas no mínimo estranhas. O chamado “Distritão” que acaba com a
proporcionalidade e garante a eleição apenas dos candidatos mais votados.
Esse mecanismo, contudo,
parece não ter encontrado guarida, entre os parlamentares uma vez que nos
moldes atuais, tende a favorecer apenas os grandes políticos (do ponto de vista
financeiro) que lá estão. E todos nós sabemos onde e como eles conseguiram esse
poderio econômico. A outra proposta, tão imoral quanto a anterior e que
ainda por cima contrária todo o discurso de crise apregoada pelos “Econo-Temistas”
seria o financiamento público de campanha, por meio do qual todos nós
brasileiros arcaríamos com o custo das campanhas destes políticos, cuja
previsão, seria de R$ 3.600.000.000,00 (três bilhões e seiscentos milhões de
reais) - é zero a direita que nem presta - somente agora para 2018.
Pelo menos até a presente data não houve
consenso entre o governo e os parlamentares para votação das chamadas Reformas
Previdenciária e Política. Não se sabe ainda se por pressão popular, e pela divulgação constante na grande mídia, ou se
porque os parlamentares ainda não receberam o que lhes foi prometido por Temer
para votarem as propostas anteriores. Seja como for, os parlamentares usam o
falso moralismo para pelo menos em discursos tentarem passar para os cidadãos o
sentimento de que estão preocupados com a situação do País e dos brasileiros,
quando todos nós sabemos que na verdade, estão preocupados apenas em tentar
sobreviver a qualquer custo, ao próximo processo eleitoral que se avizinha.