segunda-feira, 28 de agosto de 2017

UM VELHO PROBLEMA. “UMA NOVA VISÃO”

Atualmente com uma rejeição que beira aos 97% (noventa e sete por cento), o que pelo menos em tese do ponto de vista político eleitoral o incapacita para a disputa presidencial em 2018, Michel Temer que sucedeu presidente Dilma Rousseff, na presidência da República após uma articulação macabra (para não dizer golpe), levada a efeito por políticos de oposição ao governo petista, liderados por Aécio Neves e alguns empresários poderosos capitaneados pela Fiesp, insatisfeitos com a gestão de Dilma. Michel Lulia Temer, assumiu a presidência com a missão especifica de cortar os investimentos nas áreas humanas como saúde, educação e assistência social e afetando em especial a classe trabalhadora desse País.

Conseguiu alcançar sua primeira meta quando encaminhou e aprovou junto aos deputados e senadores a chamada PEC dos gastos públicos, congelando por duas décadas (20 anos) investimentos em saúde, assistência e educação. Logo em seguida encaminhou e conseguiu aprovação no Congresso Nacional, a chamada Reforma Trabalhista por meio da qual suprimiu e até extinguiu direitos trabalhistas históricos. Interferindo inclusive nas representações dos trabalhadores. 

Até aqui, para aprovar estas duas leis e ainda o arquivamento de uma denúncia de corrupção que pesava contra ele - Michel Temer - que fora feita pela Procuradoria Geral da República, prometeu distribuir entre os deputados e senadores, bilhões de reais sob a forma de Emendas Parlamentares. Promessa que até agora não aparentemente não honrou. Falta ainda a Reforma da Previdência que é a "menina dos olhos" dos empresários, financiadores das campanhas, e dos políticos, que em sua grande maioria são empresários seja direita, ou indiretamente (através de laranjas) e por conseguinte, devedores contumaz da Previdência Social.

Seria ou será por meio desta denominada Reforma Previdenciária que o governo federal pretendia ou pretende - se ainda conseguir aprová-la - onerar cada vez mais o trabalhadores brasileiros, tornando praticamente inviável sua aposentadoria, ao mesmo tempo em que mantém ou manteria as regalias e aposentadorias milionárias para as cúpulas dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. E mais, segundo debatido nos bastidores do parlamento em Brasília, seria também aprovada uma espécie de exoneração (perdão das dívidas) com a previdência dos grandes devedores, dentre estes, muitos são empresários amigos da Corte, além de alguns dos políticos que pretendem debater e aprovar a citada Reforma.

Ocorre que antes da aprovação da Reforma da Previdência, os parlamentares, percebendo não terem recebido o que lhes fora prometido para aprovação das medidas anteriores, inclusive o arquivamento da denúncia de corrupção, aparentemente resolveram colocar Michel Temer para escanteio e cuidar da própria sobrevivência. Para tanto, sob os olhares desconfiados da população e os holofotes atentos da imprensa, iniciaram uma discussão que chamaram de Reforma Política. Tal Reforma, nos moldes em que foi apresentado o texto base, nada mais é do que uma forma esdrúxula de se perpetuarem no poder. Uma vez que a maioria dos parlamentares, oscilando entre o falso moralismo e as constantes críticas populares, trouxeram à baila, duas propostas no mínimo estranhas. O chamado “Distritão” que acaba com a proporcionalidade e garante a eleição apenas dos candidatos mais votados.

Esse mecanismo, contudo, parece não ter encontrado guarida, entre os parlamentares uma vez que nos moldes atuais, tende a favorecer apenas os grandes políticos (do ponto de vista financeiro) que lá estão. E todos nós sabemos onde e como eles conseguiram esse poderio econômico. A outra proposta, tão imoral quanto a anterior e que ainda por cima contrária todo o discurso de crise apregoada pelos “Econo-Temistas” seria o financiamento público de campanha, por meio do qual todos nós brasileiros arcaríamos com o custo das campanhas destes políticos, cuja previsão, seria de R$ 3.600.000.000,00 (três bilhões e seiscentos milhões de reais) - é zero a direita que nem presta - somente agora para 2018. 

Pelo menos até a presente data não houve consenso entre o governo e os parlamentares para votação das chamadas Reformas Previdenciária e Política. Não se sabe ainda se por pressão popular, e pela divulgação constante na grande mídia, ou se porque os parlamentares ainda não receberam o que lhes foi prometido por Temer para votarem as propostas anteriores. Seja como for, os parlamentares usam o falso moralismo para pelo menos em discursos tentarem passar para os cidadãos o sentimento de que estão preocupados com a situação do País e dos brasileiros, quando todos nós sabemos que na verdade, estão preocupados apenas em tentar sobreviver a qualquer custo, ao próximo processo eleitoral que se avizinha. 

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