A
mesma pesquisa que no resultado estimulado (com a indicação do nome do
candidato), dá a Camilo Santana a preferência de 64% dos eleitores cearenses, também
aponta, quando considerada a opinião espontânea deste mesmo eleitor (sem a
indicação do nome do candidato) que apenas 22% teriam a intensão de reeleger o
governador do Ceará.
Esta
pesquisa registrou ainda que dentre os 06 (seis) candidatos ao governo cearense,
Camilo é o que possui o menor índice de rejeição. Contudo,17% não é um número a
ser desprezado, pois praticamente se iguala ao total de eleitores que
declararam espontaneamente votar em Camilo Santana.
Outro
fator que deve se ficar atento é a sinalização do eleitor que de acordo com a
pesquisa não pretendem votar em nenhum dos 06 (seis) candidatos. Assim, em
relação à pesquisa estimulada 17% optaram por votar em branco ou anular o voto
e 9% afirmam não saber ou não quiseram responder ao quesito, ou seja, 26% do
eleitorado cearense não escolheram seu candidato a governador.
A
situação se agrava ainda mais na pesquisa espontânea (sem a indicação de nomes
do candidato), quando esse percentual sobe de 26% para 70%, dos quais 14% votam
em branco ou irão anular o voto e 56% afirmam não saber ou não responderam a
esse quesito, ou seja, ainda não decidiram por nenhum dos 06 (seis) candidatos.
Na
prática, significa dizer que se fossem considerados os números da pesquisa
espontânea, Camilo Santana seria eleito governador com 418.736 votos, o que
representaria apenas 6,6% do total do eleitorado cearense, que segundo os dados
registrados no TSE são de 6.344.483 de eleitores aptos.
É
fato, que para o eleitorado, o marketing trabalha com os números positivos.
Assim, por exemplo na avaliação de Camilo, os cearenses que o consideram
regular (que a meu ver são os que estão em cima do muro) são contabilizados com
os bons e ótimos.
Contudo,
a meu ver a pesquisa espontânea não deve ser totalmente desconsiderada, haja
vista que ela pode perfeitamente sinalizar o desgaste natural da máquina
estatal e a revolva silenciosa dos eleitores, quanto aos acertos e conchavos
políticos para ganhar mais tempo de televisão, que levam ao mesmo palanque na
base do governo, mais de 20 partidos, além do reatamento com aliados que até
ontem trocavam farpas (farpas não, estacadas mesmo) acusando-se mutuamente de
bandidos, corruptos e batedores de carteira.
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