domingo, 23 de junho de 2019

OPERAÇÃO BANDEIRANTE x OPERAÇÃO LAVA-JATO


Geralmente sejam em períodos que antecedem aos governos ou durante sua existência existe por traz uma ou mais estrutura de poder que lhe dê sustentação. Isso acontece desde a antiguidade e a história está cheia de exemplos, mostrando que geralmente quando essa estrutura de poder não nasce arbitrária, acaba por tornar-se no curso de sua existência.
Falando de Brasil, tivemos como exemplo desse tipo de órgão de controle, durante o período da Ditatorial Militar Brasileiro uma estrutura organizada de poder lhe deu sustentação e sob a orientação Norte-Americana, sob a falsa bandeira de combate ao comunismo, manteve no Poder um governo de “Generais”, que reprimiu fortemente os movimentos partidários, estudantis e sociais que lhes eram contrários.
Essa estrutura de sustentação do Poder durante a Ditadura Militar Brasileira, chamava-se DOI-CODI, ou Destacamento de Operações de Informação do Centro de Operações de Defesa Interna que foi um órgão de inteligência e repressão do governo brasileiro subordinado ao Exército, durante o regime inaugurado com o golpe militar de 1964, que tinha por missão primária combater inimigos internos e sob o falso pretexto de ameaça a segurança nacional, cometeu a mais cruéis atrocidades, com os brasileiros que se insurgissem contra aquele período de opressão de nossa história.
E a exemplo de outros órgãos de repressão brasileiros no período, a sua filosofia de atuação era pautada na Doutrina de Segurança Nacional, formulada no contexto da Guerra Fria nos bancos do National War College, instituição norte-americana, e aprofundada, no Brasil, pela Escola Superior de Guerra (ESG). Essa estrutura nasceu a partir de uma “Operação” denominada Bandeirante (OBAN), criada em 2 de julho de 1969 em São Paulo, com o objetivo de coordenar e integrar as ações dos órgãos de repressão a indivíduos ou organizações que na visão do governo dos generais representassem ameaça à manutenção da segurança do regime.
Na atualidade vivenciamos uma situação semelhante, em relação a chamada Força Tarefa “Operação Lava-Jato, que guardadas as proporções e o modus operandi, traz sutis diferenças. Naquele tempo o DOI-CODI surgiu para por meio da força repressiva - usando inclusive a tortura e ao assassinato como meios coercitivos - dar sustentação ao governo dos generais.
A Operação Lava-Jato por sua vez, que conforme amplamente noticiado na mídia brasileira e estrangeira, principalmente com as últimas revelações do The Intercept, também tem estreitos laços com os Norte-Americanos, veio inicialmente não para dar sustentação a um novo governo, mas sim para em nome da Lei, mas a desrespeitando por completo, preparar o caminho para o “novo governo” que ai está.
Para alcançar seu objetivo, os integrantes da Operação Lava-Jato, sob a orientação de um Juiz Federal, treinado pelas Agências de Inteligência (Espionagem) Norte-Americana, usaram a mídia para insuflar ao povo, que mais uma vez foi usado como massa de manobra, possibilitando assim a derrubada um governo popular, que apesar dos erros - principalmente em relação as alianças políticas - mudou a fisionomia brasileira, tirando-o da obscuridade e da subserviência aos Norte-Americanos e colocando o País como protagonista na história, como o País que tirou milhões de brasileiros da miséria.
Os métodos obscuros e ilegais desse “...grande acordo nacional com o Supremo com tudo...”, começaram a vir a público agora, e vem mostrando as artimanhas, abusos e ilegalidades de que lançaram mão para derrubar um governo democraticamente eleito, por um crime de responsabilidade inexistente, com um processo de impeachment pré-fabricado, já que Dilma foi inocentada  depois. E mais, se pedalada fosse crime, todos os presidentes da República brasileira deveriam estar na cadeia.
Não importa se os métodos usados para divulgar os diálogos criminosos trocados entre o então Juiz da Causa e hoje Ministro da Justiça e Segurança Pública Sérgio Moro, e os Membros da Força Tarefa, são ilegais ou não, afinal o próprio Deltan Dallagnol Coordenador da Força Tarefa Operação Lava-Jato:  quando eles próprios vazaram os diálogos entre a então presidente Dilma e o ex-presidente Lula, que foram gravados horas depois de ter inspirado a autorização judicial para gravar: "...no conflito entre direto à informação sobre grave crime e direito à privacidade, ganha interesse público...”.

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