domingo, 15 de setembro de 2013

A LEI, A SOCIEDADE, O GOVERNANTE E O LOBO

Atualmente vivemos em uma sociedade carente e sedenta - com toda razão - por justiça social, isto não deveria ser problema uma vez que nossa Carta Constitucional prever tal condição, inclusive autorizando o Estado a intervir na ordem econômica e na propriedade privada, sempre que os interesses individuais se sobreponham aos interesses coletivos.
Então se temos garantido na Lei Maior de nossa Pátria a prioridade a função social, o que nos falta para que isto venha de fato ocorrer? A resposta a esta pergunta é simples. Se tal não ocorre é apenas e tão somente pela falta de compromisso de nossos governantes.
Entretanto, a gravidade da questão encontra-se nas motivações desta falta de compromisso, posto que embora sejamos nós que por meio de nossos votos os colocamos como administradores de nossos interesses, não somos nós que determinamos suas diretrizes, já que como todos sabemos os altos investimentos nas campanhas eleitorais - que não deveriam ocorrer se não existisse o mercado informal de compra e venda de votos - por parte de empresários, que cobram caro pelo capital empregado, tirando assim do governante a autonomia e a partir deste momento aqueles que foram eleitos para representar os interesses do povo, passam a ser escravos do capital, em contrapartida o povo que perde seu governante, torna-se um pedinte de direitos que deveriam ser a prioridade primária dos eleitos.
Acrescente-se a este fator a atuação de um legislativo inoperante e incapaz de cumprir com suas obrigações constitucionais em relação ao povo que os elegeu, já que nos primeiros anos de seus mandatos ocupam-se em arrecadar para pagar as dividas de campanha - ou pelo menos parte delas - e nos anos subsequentes buscam financiamento para a nova empreitada.

Diante destes fatos resta ao povo parar de implorar - o que parece vem acontecendo nos últimos meses - e começar a exigir seus direitos. Porém deve este mesmo povo tomar duas precauções importantíssimas, a primeira é policiar, fiscalizar e denunciar o mercado de compra e venda de votos, e a segunda é não se deixar envolver por alguns espertalhões que conhecendo a real necessidade do povo, usam de subterfúgios, tentando passar a imagem imaculada de salvadores da nação, mas que na verdade seu objetivo velado é tirar proveito da situação para se locupletarem, como já ocorreu com muitos que no passado recente assim procederam e agora execrado do poder fantasiam-se de cordeiro prontos para o sacrifício, até chegar o momento em que tirarão a pele de cordeiro e mostrarão os verdadeiros lobos que são.

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