Durante meses o presidente da Câmara Eduardo Cunha - PMDB, guardou como arma para chantagens visando a salvação de seu mandato e do cargo de presidente daquela casa legislativa, os pedidos de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff.
Minutos após os 03 deputados petistas declararem que votariam na Comissão de Ética pela admissibilidade do processo contra Cunha, este tira do "bolso do paletó" e aprova a abertura do processo de impeachment com base no pedido que fora elaborado pelo jurista Miguel Reale e o ex-ministro de Fernando Henrique Cardoso - PSDB.
Sem entrar no mérito do pedido, até porque desconheço seu conteúdo, não há como não concluir que a ação do deputado peemedebista não passa de uma retaliação sórdida em função das declarações dos deputados petistas que integram a Comissão de Ética.
Caso este atentado a democracia e ao Estado Democrático de Direito, seja levado a efeito e continuem as investigações judiciais contra os políticos envolvidos na Operação Lava-Jato, poderemos ter a cassação do presidente do senado Renan Calheiros - PMDB, já citado algumas vezes nestas investigações, do próprio Eduardo Cunha também do PMDB, cuja denúncia já tramita na Comissão de Ética, e caso o vice Michel Temer não seja implicado no processo contra Dilma, poderá cair nas malhas da Lava-Jato.
Desta forma, cairá a presidente e os três substitutos legais, restando assim ao presidente do Supremo Tribunal Federal assumir a presidência e presidir uma sessão conjunta do Congresso Nacional que reunir-se para realizar uma eleição indireta, ou seja, onde apenas deputados e senadores votam para a escolher dentre eles um novo presidente que cumprirá o restante do mandato, até 2018, quando haverá novas eleições.
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