terça-feira, 2 de maio de 2017

REFORMAS: UMA PPP ENTRE A FIESP, O EXECUTIVO E O LEGISLATIVO FEDERAL

O governo Temer aposta todas as suas fichas ampliação indiscriminada das terceirizações, na Reforma Trabalhista já aprovada pelos deputados estaduais, e na Reforma Previdenciária em discussão na Comissão Especial na Câmara Federal. Ressalte-se que estas medidas na verdade, atendem a um cronograma impostas de forma unilateral pela classe empresarial tendo a frente la FIESP quando ainda estava em curso o processo de impeachment.

E tem mais em sua forma e conteúdo, as chamadas "reformas", trazem em seu bojo condições indignas que coloca a classe trabalhadora brasileira numa condição análoga a de escravo, posto que lhes tira praticamente todos os direitos essenciais conquistados ao longo da história. O governo federal para atender a agenda empresarial por exemplo, praticamente impossibilita o direito a aposentaria em vida. Tanto que na opinião de muitos especialistas no que tange a Reforma Previdenciária fazem severas críticas, já que a mesma visa apenas aumentar a arrecadação prolongando a idade mínima e o tempo de contribuição a ponto de transformar a aposentadoria em uma pensão por morte.

Por outro lado, não houve qualquer preocupação por exemplo de colocar em seu texto qualquer mecanismo visando combater os desvios, a corrupção e as aposentadorias concedidas ilegalmente através do chamado "jeitinho brasileiro", que permite à políticos como por exemplo do próprio Michel Temer que contribuiu pouco mais de dois anos e aposentou-se com salário superior a 20 mil reais conforme mostramos há alguns dias. Ou ainda coibir este tipo de fraude principalmente no meio rural onde os políticos ainda detêm os chamados currais eleitorais e as fraudes são constantes e comuns, pois basta uma simples declaração para que seja concedida uma aposentadoria, sem qualquer preocupação fática com contribuição, ou mesmo de verificar se o beneficiado realmente era trabalhador rural. Estes e outros fatores refletem o resultado da pesquisa realizada pelo Instituto Data folha, apontando que 71% dos brasileiros são contra esta reforma e que no setor público que representou 6% da amostragem segundo pesquisa a rejeição chega a 86%..

Corroborando ainda mais com estes números li no editorial de hoje  (02) de maio no Jornal Diário do Nordeste, que de forma lúcida e coerente aponta que embora as reformas propostas (impostas) tenham alguma relevância e que no mês de março a indústria tenha sinalizado positivamente ainda que de forma muito tímida. Os maiores problemas da crise na verdade pairam sobre a alta carga tributária, que gera demandas internas fracas, inadimplência persistente, falta de capital de giro e principalmente aponta a falta de credibilidade das instituições governamentais com ênfase para os Poderes Executivo e Legislativo antes aos constantes e intermináveis escândalos de corrupção seja se como corruptos ou corruptores. (A Imagem da postagem é uma fotomontagem criada a partir da charge do Diário do Nordeste de 02/05/2017 e da matéria veiculada no Jornal Folha de São Paulo).

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