Valores Estimados Sem Encargos Sociais |
Tenho
acompanhado e participado de alguns debates sobre a problemática da greve dos
profissionais do magistério em Maracanaú, e vários aspectos tem sido abordado,
muitos deles de forma destoante da verdade.
Esta disritmia de informações ocorrem por
vários aspectos tendo como ponto principal a má-fé e a desinformação, como
forma de tentar conquistar a opinião pública. Por isso mesmo tentarei contra
argumentar alguns dos pontos que tenho visto como maior frequência entre os
defensores do movimento paredista. Vamos a eles:
TERMO
DE CONCILIAÇÃO/2016
Os
grevistas e seus apoiadores vem afirmando que a prefeitura não cumpriu o que
foi acordado no termo de conciliação produzido por meio da decisão judicial
quando da greve de 2016, quanto a vigência do Plano de Cargos
Carreiras e Remunerações dos profissionais do magistério.
Informação que não condiz com a verdade pois
ainda naquele ano, uma Lei Municipal foi enviada à Câmara de Vereadores, onde
foi aprovada por unanimidade pelos vereadores e, posteriormente sancionada pelo
prefeito Firmo Camurça, estando aquele dispositivo legal, atualmente em plena
vigência.
IMPLANTAÇÃO
DOS PLANOS DE CARGOS
A
direção da entidade representativa dos profissionais do magistério em
Maracanaú, tem erroneamente divulgado que o PCCR do Magistério não está em
vigor, quando na verdade o que eles desejam é que haja a implementação, ou
seja, que sejam pagas as promoções e progressões descritas na referida lei, que
é o chamado desenvolvimento funcional.
Contudo,
conforme a prefeitura tem deixado claro por meio de notas, e até um vídeo
institucional no qual o próprio prefeito, esclarece que no momento as despesas
com pessoal estão impossibilitadas de ter qualquer acréscimo, em função do que
estabelece a Lei de Responsabilidade Fiscal, a qual no inciso III do art. 22 estabelece
dentre outras medidas de contenção, que já vem sendo adotas, que fica vedado ao
ente a alteração na estrutura de carreiras que impliquem aumento de despesas.
Conforme
esclareci em matéria anterior, o quadro de servidores municipais atualmente, além
do PCCR do magistério conta com quatro Plano de Cargos Carreira e Vencimentos,
sendo eles: dos Procuradores Municipais; dos Médicos Efetivos: dos
Trabalhadores da Assistência e dos Servidores em Geral.
É importante destacar
que estes Planos de Cargos juntos representam um incremento de 4,46% da folha
de pagamento, e caso sejam implantados elevaria a folha dos atuais 52,18%, para
56,64%, ou seja, 5,34% acima do limite prudencial estabelecido na Lei
Complementar 101 - LRF que é de 51,30%.
DEMISSÃO
DE CARGOS COMISSIONADOS
Como
forma de justificar seu pleito, os sindicalistas e apoiadores do movimento paredista
ligados aos opositores da gestão municipal, tem propagado em seus discursos e
postagens a exoneração dos cargos comissionados.
E a desinformação é tanta, que
alguns chegam a confundir os poderes políticos municipais, afirmando que o
executivo tenha relação com a Ação Civil Pública movida pelo Ministério
Público, que pede a exoneração de cargos comissionados na Câmara Municipal,
fato que também tratei em postagem recente.
Então
a situação do quadro funcional, ou seja, dos servidores do Poder Executivo é o
Seguinte: de todos os servidores públicos municipais, incluindo os professores
e comissionados, em termos quantitativos os professores representam 35,32% em
relação ao total de servidores da municipalidade e estes por sua vez, chegam ao
percentual de 53,36%.
Enquanto os cargos comissionados que são “a menina dos
olhos dos grevistas” quando comparados também quantitativamente representam
apenas 11,32% do total de servidores municipais. Veja que neste aspecto, a
situação está bem distante da realidade destorcida que é propagada pelos
grevistas e a oposição ao governo municipal.
OS NÚMEROS DA FOLHA DE PAGAMENTO
A
realidade fica ainda mais distante da ficção pregada por eles quando fazemos o
comparativo em relação a valores financeiros, a começar pela média
remuneratória que para os professores é de pouco mais de R$ 3.670,00, enquanto
para os demais efetivos esta média fica em torno dos R$ 2.674,00. Por sua vez os
tão falados e malhados cargos comissionados têm uma média remuneratória que não
supera, R$ 2.074,00.
Assim, analisando dados gerais da folha referente a
setembro de 2017, pode-se chegar à conclusão incontestável, que de tudo que foi
gasto com pagamento de pessoal 46,69% refere-se exclusivamente ao pagamento de
professores, 44,86% para os demais servidores e o percentual comprometido com o
pagamento de comissionados, corresponde a apenas 8,45% da folha de pagamento.
INDUSTRIA DA DESINFORMAÇÃO
Este é outro fato gravíssimo,
ou seja, os grevistas e seus apoiadores manipulam a verdade e prestam um verdadeiro
desserviço ao povo visando passarem informações inverídicas de são “milhares de
cargos comissionados” e que se fossem exonerados daria para pagar o PCCR dos
professores.
Todo esse serviço de desinformação, tem como único objetivo, tentar
manipular os dados para conquistar o apoio da população para seu movimento paredista.
Entretanto, a cada dia os maracanauenses vem buscando informações mais precisas.
Isso vem fazendo com que muitos pais de alunos se sentam indignados por verem seus
filhos fora das salas de aula, e mais revolta ainda sentem os pais, com filhos
em idade de creche, pois muitos deles devido à greve, começam a perder o
trabalho, arriscando inclusive serem demitidos de seus empregos.
Obs. As informações constantes da tabela acima refere-se a uma média estimada de um único mês, portanto, sem encargos sociais, férias remuneradas, ou décimo terceiro salário.
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