terça-feira, 21 de novembro de 2017

“A CÉSAR, O QUE É DE CÉSAR”

“...quem com muitas pedras bole, algumas dão-lhe na cabeça...”
Em nada me surpreendeu o mau-caratismo e o cinismo contido nas palavras proferidas por um “vereadorzinho” de 1500, que na manhã de terça-feira dia 21/11 ocupou a tribuna da Casa Legislativa de Maracanaú para de forma genérica - coisa típica do covarde que é já que não declinou nomes - atacar assessores do governo municipal que durante o episódio da greve dos professores, usaram as redes sociais para levar ao conhecimento dos maracanauenses as informações da gestão e fazer o contraponto em relação a versão apresentada pelo sindicato e os grevistas.
O edil além de atacar de forma covarde os agentes públicos, demonstra total desconhecimento da questão, ao afirmar que a proposta do sindicato nada custaria aos cofres públicos, quando na realidade o custo mensal na folha, seria de quase um milhão de reais por mês sem os encargos sociais. E mais, omite o fato de que o acordo que estabeleceu a restituição dos dias parados durante a greve, o perdão da multa imposta ao sindicato no valor de R$ 430.000,00 por descumprimento de decisão judicial, e o início do enquadramento dos professores no PCCR em março, começando com 0,5% do total da folha do magistério, foi proposto pela prefeitura e não pelos grevistas que inicialmente queriam a íntegra do Plano de Cargos de imediato.
Mais isso é compreensível, não poderia se esperar nada diferente de um cidadão que até fevereiro de 1987, era praticamente um desconhecido, sem qualquer expressão ou relevância política, e, somente após esta data, começou a ascender politicamente, sempre fazendo conchavos e troca-troca de partidos e de aliados. É natural que um “político” que teve como sua maior bandeira a perseguição a servidores públicos que não concordavam com suas imposições, e que em seu período como gestor da cidade, criou e incentivou uma das maiores fábricas de puxa-sacos e babões de todos os tempos, que eram pagos pelos cofres públicos à base dos famosos “envelopes” para que lhe lambesse as botas, venha ocupar uma tribuna para confundir “DEFESA DA GESTÃO” com “LAMBER O SACO DO PATRÃO”, como ele fazia, fez e faz com aqueles que financiam suas campanhas e de seus familiares.
O que posso dizer de relevante de uma pessoa que durante sua vida pública teve contra si, várias denúncias por corrupção, que foi denunciado na Assembleia Legislativa do Estado do Ceará e investigado pelo Ministério Público Estadual sob suspeita de prática de ilegalidade e superfaturamento na compra de um terreno por traz do cemitério, que a época custou R$ 1.5 milhões de reais. Que teve inclusive com contas desaprovadas pelo Tribunal de Contas e pela Câmara Municipal. Que teve contra si, processo no Tribunal de Contas da União por malversação de verba federal originaria do Fundef.
O hoje vereador, em 2003 quando prefeito enfrentou uma greve de professores, na qual 59 das 72 escolas estavam paradas (atualmente são 83 escolhas), e em 2004, encerrou sua gestão como chefe do Poder Executivo municipal deixando os professores que ele hoje afirma defender, com oito anos sem reajuste, seis meses de salários atrasados, sem vale transporte, sem auxilio alimentação e com a categoria em greve há noventa dias, até que as negociações fossem iniciadas e concluídas já no novo governo em 2005, e mais, durante sua gestão como prefeito, manteve um esquema para financiar seus cabos eleitorais, no qual haviam dezenas de casebres precários alugados destes para funcionar como creches, mas que não tinham as mínimas condições estruturais e de higiene para esta finalidade, servidor apenas como mecanismo para o recebimento de repasses do ministério da educação. Não há ao menos por enquanto, nada a ser dito deste senhor, que ainda não tenha sido falado, ou que não seja do conhecimento do povo maracanauense.

Por isso quero apenas agradecer aos vereadores ao vereador capitão Martins pela defesa das “assessorias babonas” nas palavras do “vereadorzinho” que usa do mandato apenas para fazer discursos ensaiados que contradizem todas as suas ações que praticou no passado. Na verdade, senhor vereador somos agentes públicos, cuja função é defender a gestão, mantendo bem informado os munícipes, mas principalmente, temos como função precípua servir aos maracanauenses, levando-lhes os esclarecimentos do governo municipal sobre as ações realizadas ou os motivos que impossibilitam sua realização como foi o caso da greve dos professores.

Nenhum comentário:

ÉSIO DO PT E LARISSA CAMURÇA: SEMELHANÇAS E DIFERENÇAS

              Em relação as pré-candidaturas de Larissa Camurça e Ésio do PT, não há como não identificar grandes semelhanças políticas entr...