“...quem
com muitas pedras bole, algumas dão-lhe na cabeça...”
Em nada me surpreendeu o mau-caratismo e
o cinismo contido nas palavras proferidas por um “vereadorzinho” de 1500, que
na manhã de terça-feira dia 21/11 ocupou a tribuna da Casa Legislativa de
Maracanaú para de forma genérica - coisa típica do covarde que é já que não
declinou nomes - atacar assessores do governo municipal que durante o episódio
da greve dos professores, usaram as redes sociais para levar ao conhecimento
dos maracanauenses as informações da gestão e fazer o contraponto em relação a
versão apresentada pelo sindicato e os grevistas.
O edil além de atacar de forma covarde os
agentes públicos, demonstra total desconhecimento da questão, ao afirmar que a
proposta do sindicato nada custaria aos cofres públicos, quando na realidade o
custo mensal na folha, seria de quase um milhão de reais por mês sem os
encargos sociais. E mais, omite o fato de que o acordo que estabeleceu a
restituição dos dias parados durante a greve, o perdão da multa imposta ao
sindicato no valor de R$ 430.000,00 por descumprimento de decisão judicial, e o
início do enquadramento dos professores no PCCR em março, começando com 0,5% do
total da folha do magistério, foi proposto pela prefeitura e não pelos
grevistas que inicialmente queriam a íntegra do Plano de Cargos de imediato.
Mais isso é compreensível, não poderia
se esperar nada diferente de um cidadão que até fevereiro de 1987, era
praticamente um desconhecido, sem qualquer expressão ou relevância política, e,
somente após esta data, começou a ascender politicamente, sempre fazendo
conchavos e troca-troca de partidos e de aliados. É natural que um “político”
que teve como sua maior bandeira a perseguição a servidores públicos que não
concordavam com suas imposições, e que em seu período como gestor da cidade, criou
e incentivou uma das maiores fábricas de puxa-sacos e babões de todos os tempos,
que eram pagos pelos cofres públicos à base dos famosos “envelopes” para que
lhe lambesse as botas, venha ocupar uma tribuna para confundir “DEFESA DA GESTÃO” com “LAMBER O
SACO DO PATRÃO”, como ele fazia, fez e faz com aqueles que
financiam suas campanhas e de seus familiares.
O que posso dizer de relevante de uma
pessoa que durante sua vida pública teve contra si, várias denúncias por corrupção,
que foi denunciado na Assembleia Legislativa do Estado do Ceará e investigado
pelo Ministério Público Estadual sob suspeita de prática de ilegalidade e
superfaturamento na compra de um terreno por traz do cemitério, que a época
custou R$ 1.5 milhões de reais. Que teve inclusive com contas desaprovadas pelo
Tribunal de Contas e pela Câmara Municipal. Que teve contra si, processo no
Tribunal de Contas da União por malversação de verba federal originaria do
Fundef.
O hoje vereador, em 2003 quando prefeito enfrentou uma greve de
professores, na qual 59 das 72 escolas estavam paradas (atualmente são 83
escolhas), e em 2004, encerrou sua gestão como chefe do Poder Executivo municipal
deixando os professores que ele hoje afirma defender, com oito anos sem
reajuste, seis meses de salários atrasados, sem vale transporte, sem auxilio
alimentação e com a categoria em greve há noventa dias, até que as negociações
fossem iniciadas e concluídas já no novo governo em 2005, e mais, durante sua
gestão como prefeito, manteve um esquema para financiar seus cabos eleitorais, no
qual haviam dezenas de casebres precários alugados destes para funcionar como creches,
mas que não tinham as mínimas condições estruturais e de higiene para esta finalidade,
servidor apenas como mecanismo para o recebimento de repasses do ministério da
educação. Não há ao menos por enquanto, nada a ser dito deste senhor, que ainda
não tenha sido falado, ou que não seja do conhecimento do povo maracanauense.
Por isso quero apenas agradecer aos vereadores ao vereador capitão Martins
pela defesa das “assessorias babonas” nas palavras do “vereadorzinho” que usa do
mandato apenas para fazer discursos ensaiados que contradizem todas as suas
ações que praticou no passado. Na verdade, senhor vereador somos agentes públicos,
cuja função é defender a gestão, mantendo bem informado os munícipes, mas
principalmente, temos como função precípua servir aos maracanauenses, levando-lhes
os esclarecimentos do governo municipal sobre as ações realizadas ou os motivos
que impossibilitam sua realização como foi o caso da greve dos professores.
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