Passamos
por um momento impar no cenário político, onde os escândalos de corrupção que
levaram o País a uma das maiores crises econômicas dos últimos 20 anos. Estes
acontecimentos levaram uma parcela significativa dos brasileiros a uma repulsa significativa
aos políticos em geral. Repulsa essa que tem obrigado a alguns políticos / candidatos a mudar suas táticas de abordagem. O
que não significa uma mudança de a atitude, quer dizer apenas que para enganar ou pelo
menos tentar enganar o eleitorado, estes candidatos, tem adotado a tática de
dizer o que o povo quer ouvir. Muito embora durante toda sua vida pública tenha
agido de forma totalmente oposta ao que agora apregoa.
Essa
nova tática que visa enganar os eleitores mais desavisados, é facilmente
perceptível quando vemos os discursos de alguns candidatos que passaram toda
sua vida política se escondendo do povo e evitando embates enquanto
se beneficiavam financeiramente, do poder que os alimentava/alimenta. E mais,
seus discursos são produzidos, a partir de pesquisas qualitativas, que medem os
anseios do eleitor, ou seja, o que o eleitor espera do candidato, portanto,
eles dizem apenas o que o eleitor deseja ouvir, sem se importar se poderá ou não
executar - concretizar - aquele desejo do eleitor.
Estes
políticos que por décadas tiveram benefícios econômicos, principalmente por
indicação de cargos públicos que vão desde um simples auxiliar de serviços
gerais e até diretores em órgãos vitais do governo, passando pelo favorecimento
através da contratação de empresas de “amigos” para a execução de obras
públicas, de projetos aprovados na união e mesmo Emendas Parlamentares no
âmbito federal.
Estes
favorecimentos são exigidos como barganha para votar projetos ou propor emendas
que que pelo menos em tese visem a estruturação de municípios bases destes parlamentares,
contudo, quando o político indica uma empresa, que por certo “irá atender aos
critérios previstos na lei das licitações” e essa empresa não tem aporte
financeiro para realizar a obra contratada, o que vemos são obras paradas,
empresas deixando de cumprir contratos, ou obras sendo executadas a passos lentos.
Mas essa questão ninguém quer debater.
Por
outro lado, quanto a questão das Emendas alguns deputados chamam seus próprios
colegas de parlamento de “Leão do Imposto de Renda”, pois segundo eles, ao
propor e articular a aprovação de uma emenda, no momento da sua liberação, o autor
ou autora da mesma, já deduz seu bônus na fonte. Ou seja, seu percentual já é
abatido.
Então
você pergunta: E como isso é feito, já que se trata de verbas públicas e
portanto, o valor liberado deve constar nos portais da transparência dos entes
e nos tribunais de contas respectivos? A resposta é simples. Este percentual
acertado, retorna através da contratação da empresa que irá realizar aquela
obra ou serviço. E como isso é feito? A empresa é contratada por um valor “X”
para a execução de um contrato, sendo que em tal contrato é colocado um sobre
preço, e por meio deste é tirado o percentual do Leão ou Leoa do parlamento.
Todas essas questões são muitas vezes ignoradas ou esquecidas pelo
eleitor, que se apega no discurso emotivo do candidato ou candidata que ontem
era mestre a sujeira e da enrolação e hoje se coloca na condição de benfeitor
ou benfeitora da sociedade. Mas amanhã, se eleito ou eleita, voltará a praticar
as mesmas artimanhas e malícias. Pode ficar certo que este tipo de político não
muda, pois é de sua natureza, que quanto a isso apenas a morte seja natural ou
política ou fará parar.
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