domingo, 26 de agosto de 2018

MUDANÇA DE TÁTICA, NÃO É MUDANÇA DE ATITUDE

Passamos por um momento impar no cenário político, onde os escândalos de corrupção que levaram o País a uma das maiores crises econômicas dos últimos 20 anos. Estes acontecimentos levaram uma parcela significativa dos brasileiros a uma repulsa significativa aos políticos em geral. Repulsa essa que tem obrigado a alguns políticos / candidatos a mudar suas táticas de abordagem. O que não significa uma mudança de a atitude, quer dizer apenas que para enganar ou pelo menos tentar enganar o eleitorado, estes candidatos, tem adotado a tática de dizer o que o povo quer ouvir. Muito embora durante toda sua vida pública tenha agido de forma totalmente oposta ao que agora apregoa.
Essa nova tática que visa enganar os eleitores mais desavisados, é facilmente perceptível quando vemos os discursos de alguns candidatos que passaram toda sua vida política se escondendo do povo e evitando embates enquanto se beneficiavam financeiramente, do poder que os alimentava/alimenta. E mais, seus discursos são produzidos, a partir de pesquisas qualitativas, que medem os anseios do eleitor, ou seja, o que o eleitor espera do candidato, portanto, eles dizem apenas o que o eleitor deseja ouvir, sem se importar se poderá ou não executar - concretizar - aquele desejo do eleitor.   
Estes políticos que por décadas tiveram benefícios econômicos, principalmente por indicação de cargos públicos que vão desde um simples auxiliar de serviços gerais e até diretores em órgãos vitais do governo, passando pelo favorecimento através da contratação de empresas de “amigos” para a execução de obras públicas, de projetos aprovados na união e mesmo Emendas Parlamentares no âmbito federal.
Estes favorecimentos são exigidos como barganha para votar projetos ou propor emendas que que pelo menos em tese visem a estruturação de municípios bases destes parlamentares, contudo, quando o político indica uma empresa, que por certo “irá atender aos critérios previstos na lei das licitações” e essa empresa não tem aporte financeiro para realizar a obra contratada, o que vemos são obras paradas, empresas deixando de cumprir contratos, ou obras sendo executadas a passos lentos. Mas essa questão ninguém quer debater.
Por outro lado, quanto a questão das Emendas alguns deputados chamam seus próprios colegas de parlamento de “Leão do Imposto de Renda”, pois segundo eles, ao propor e articular a aprovação de uma emenda, no momento da sua liberação, o autor ou autora da mesma, já deduz seu bônus na fonte. Ou seja, seu percentual já é abatido.
Então você pergunta: E como isso é feito, já que se trata de verbas públicas e portanto, o valor liberado deve constar nos portais da transparência dos entes e nos tribunais de contas respectivos? A resposta é simples. Este percentual acertado, retorna através da contratação da empresa que irá realizar aquela obra ou serviço. E como isso é feito? A empresa é contratada por um valor “X” para a execução de um contrato, sendo que em tal contrato é colocado um sobre preço, e por meio deste é tirado o percentual do Leão ou Leoa do parlamento.
Todas essas questões são muitas vezes ignoradas ou esquecidas pelo eleitor, que se apega no discurso emotivo do candidato ou candidata que ontem era mestre a sujeira e da enrolação e hoje se coloca na condição de benfeitor ou benfeitora da sociedade. Mas amanhã, se eleito ou eleita, voltará a praticar as mesmas artimanhas e malícias. Pode ficar certo que este tipo de político não muda, pois é de sua natureza, que quanto a isso apenas a morte seja natural ou política ou fará parar.

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