PARTE II
Para os que estão indo as ruas, bloqueando estradas e impedindo o direito de ir e vir das pessoas, e sob o falso argumento de defesa da liberdade pedindo intervenção das Forças Armadas no País, saibam que com isso vocês apenas criam caos e instabilidade no País, apenas para tentar evitar a posse de um governo democraticamente eleito.
Então, seria
interessante que vocês conhecessem um pouco de como era a vida e a convivência dos brasileiros
com os militares brasileiros no período da Ditadura Militar.
Miliares estes treinados e orientados pela CIA - Agência de Inteligência Americana,
e sob o falso pretexto de combater o Comunismo - que existia apenas
na cabeça dos generais que detinham e conservavam o poder político sob a força
do medo, dor, perseguição e morte - tratavam os brasileiros que conclamavam por
liberdade, igualdade e fraternidade.
Para trazer um pouco da realidade daquela época é interessante destacar como se deu o contexto histórica que se especializou em combater aqueles que ousavam falar contra o regime ditatorial no Brasil. As técnicas adotadas por eles, guardam uma estreita ligação com as técnicas desenvolvidas através de experimentos com o PROJETO MKULTRA.
Esse Projeto era um programa de experiências ilegais
em humanos usado pela CIA durante a Guerra Fria e que consistia na
tentativa de controle mental através de lavagem cerebral de
indivíduos por meio do uso de drogas e outros procedimentos e técnicas
aplicadas em interrogatórios como tortura, para debilitar e forçar
confissões por meio de controle de mente. Essas técnicas foram trazidas
para o Brasil pelos ditos militares e agentes policiais que frequentaram as Escolas
das Américas.
Como mencionado vários foram os membros da força policial brasileira e militares que foram treinados por especialistas em tortura que vieram para o Brasil com o objetivo de difundir os métodos e meios de interrogatório compilados pela CIA, a exemplo do caso do policial estadunidense Dan Mitrione, um agente do FBI e conselheiro de governos da América Latina, que atuou na década de 1960, colaborando com as ditaduras que governaram o Brasil e o Uruguai.
Registra a história que em meados dos anos 1960, Mitrione foi contratado pela USAID - Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional para treinar as polícias do Brasil e do Uruguai, ensinando métodos de tortura que se disseminaram em especial no Brasil e no Uruguai, resultando em milhares de casos de violações de direitos humanos e brutalidade policial nestes países.
Estas práticas ficaram demonstradas depois da liberação pelo governo americano de uma lista parcial contendo nomes de participantes nos treinamentos da Escola revelou também nomes de militares brasileiros treinaram e participaram da prática de tortura, inclusive no Chile. E para colocar em prática o aprendizado, no Brasil foi instalado por oficiais brasileiros formados, na Escola das Américas - renomeada para Instituto do Hemisfério Ocidental para a Cooperação em Segurança, o CIGS - Centro de Instrução de Guerra na Selva - em Manaus, comandado pelo general francês Paul Aussaresses, promotor do uso da tortura na guerra colonial da Argélia. (Fonte: Wikipédia)
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