Inicialmente gostaria de esclarecer que (contrariamente ao que alguns por má-fé ou
desinformação poderão pensar ou até propagar) meu objetivo nesta matéria não é
dizer que os professores recebem o salário justo ou que não necessitam de
reajuste, pois acredito que nenhum salário é ideal, haja vista que nossas
necessidades são sempre crescentes e aumentam de acordo com fatores como as
oscilações do mercado e também conforme o padrão de vida que nossos salários
nos proporcionam.
De
forma modo que o objetivo desta postagem é mostrar a evolução do quadro dos
profissionais do magistério no período de 2011 a 2015, comparando-o com os
dados apresentados pelo Sindicato dos Profissionais em Educação do Município de
Maracanaú, que apresentaram a categoria uma planilha contendo a evolução no
Fundeb em Maracanaú no mesmo período, para ao final dizer que o município,
possui um déficit não legal, mas político, segundo Vilani Oliveira afirmou em
audiência pública na Câmara Municipal.
Para
fazer tal declaração o Suprema tomou por base os índices de reajuste do MEC e
os de Maracanaú, e também um eventual crescimento nos valores do Fundeb,
repassados para a prefeitura de Maracanaú, para ao final concluir que existia
um déficit da ordem de 23%, contudo, a entidade não considerou que no período de
2011 a 2015, o quadro de profissionais do magistério, saiu da casa dos 1.657,
professores para 2.658, portanto, somente no quadro de pessoal temos um acréscimo
de 60,41%, acrescente-se ainda que o piso inicial da carreira em Maracanaú
sempre foi maior que o estabelecido pelo MEC. Apenas para exemplificar atualmente
(sem o reajuste de janeiro de 2016) nosso piso para profissionais de nível
superior 200 horas em início de carreira é de R$ 2.149,09, enquanto o MEC R$
1.917,78, portanto, 12,06% menor que nosso piso municipal.
Desta
forma, considerando apenas o vencimento base (que é o piso), sem as demais
vantagens uma folha que em 2011, custava R$ 2.661.556,34,
atualizando-se então para a situação atual considerando o valor atual dos
vencimento e o quantitativo de pessoal, (dados que não foram levados em conta
no documento apresentado pelo Suprema) custo da folha de vencimento passa para R$
6.024.721,39, portanto, mais de 126,36% superior praticada em
janeiro de 2011. Ressalte-se ainda que ao incidirmos nestes cálculos as demais
vantagens o custo eleva-se para R$ 3.897.295,77 em 2011 e 9.420.197,26, representando
um acréscimo de 141,71% em relação aquele ao período mencionado pela entidade
sindical.
Os dados acima demonstram de forma clara que o
município não deixou de repassar a diferença reclamada para os professores e
sim manteve o piso acima do estabelecido pelo MEC e ainda aumentou em mais de
60% o quadro de profissionais do magistério. Sendo também importante frisar que
atualmente dos professores com carga horária equivalente a 200 horas, apenas 04
recebem o vencimento inicial da carreira, pois todos os demais já estão acima
deste valor com vencimentos que oscilam entre R$ 2.326,21 e R$ 4.168.53,
lembrando mais uma vez que estamos falando apenas de vencimento base, ou seja,
não está contabilizado nesta conta as demais vantagens como gratificações,
abonos e auxílios recebidos em pecúnia.
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