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Na tentativa de justificar para a sociedade, porque o
trabalhador brasileiro deve mais uma vez se sacrificar para pagar uma dívida
que não é sua através da aprovação da Reforma Previdenciária, o governo federal
divulga massivamente na grande mídia que esta reforma vem para acabar com os privilégios
daqueles que trabalham pouco e se aposentam com muito. No entanto, o governo
não demonstra de forma clara na Proposta de Emenda à Constituição que altera os
critérios para a aposentadoria dos trabalhadores, onde consta o fim dos privilégios
para aqueles que estão à frente da Nação. Justificando apenas que existe um
déficit nas contas públicas é da ordem de R$ 159.000.000.000,00 (cento e
cinquenta e nove bilhões de reais) que precisa ser sanado. O governo, contudo,
não divulga que os maiores responsáveis por esse déficit, estão na verdade dentro
da própria cúpula dos Três Poderes da República - Executivo, Legislativo e
Judiciário - seja porque são exatamente eles que trabalham pouco, contribuem
com quase nada e se aposentam com muito.
Existe ainda uma agravante, estando eles no comando dos destinos
político, econômico e legais do País, seja por OMISSÃO (não adotar as
providências necessárias) ou por AÇÃO (participar
ativamente e tirar proveito da situação), são diretamente responsáveis pelos
atos de corrupção desenfreados que assolam nosso País, e que conforme informações
oriundas do Ministério Público Federal e da Organização das Nações Unidas, custa
aos cofres do públicos brasileiro, cerca de R$ 200.000.000.000,00 (duzentos
bilhões de reais) por ano. Para se ter uma ideia, segundo o procurador federal
Paulo Roberto Galvão, um dos integrantes da Operação Lava Jato, somente no caso
da Petrobras, os desvios de recursos de forma ilegal podem chegar a valores que
oscilam entre R$ 30.000.000.000,00 (trinta bilhões de reais) e R$ 40.000.000.000,00
(quarenta bilhões de reais).
Quanto ao fim dos privilégios, não acredito que isso
aconteça, pois embora a proposta traga em seu bojo artigo fazendo tal previsão,
certamente nossa Suprema Corte, encontrará um meio de interpretá-la de forma mais
favorável - a eles próprios é claro - a de forma a manterem seus privilégios. Um
exemplo disso vem do próprio presidente Michel Temer que na condição de procurador do estado
de São Paulo em 1996, aposentou-se aos 55 anos de idade e atualmente na
condição de presidente da República e procurador aposentado deve acumular rendimentos
de aproximadamente de R$ 50.000,00, (cinquenta mil reais) quando o teto máximo
previsto na Constituição para servidor público federal é de R$ 33.763,00
(trinta e três mil e setecentos e sessenta e três reais).
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