Após
décadas de amizade e aliança, a deputada federal Gorete Pereira rompe com o
vice-prefeito de Maracanaú Roberto Pessoa para desembarcar no grupo político de
Camilo Santana e do clã Ferreira Gomes, recebem a deputada que em uma
articulação política com os caciques nacionais do PR, leva também o partido, presenteando
a campanha dos adversários de Roberto com pelo menos dois minutos de tempo de
televisão na propaganda eleitoral.
Assim,
Roberto Pessoa que na condição de opositor a Camilo Santana e aos Ferreira
Gomes, vê-se obrigado a deixar a sigla para não ter que forçadamente e a
reboque de terceiros, aliar-se ao quarteto ou quinteto que comanda o estado
atualmente. Deste modo, como é do
conhecimento de todos que compõem este grupo político, e mesmo a própria
deputada Gorete que compôs até ontem, essa questão nada tem a ver com machismo.
Como
isso se pode ver essa é uma questão de coerência política de Roberto Pessoa, e
nada tem a ver com a acusação de ser machista feita pela deputada contra seu ex-aliado em
direito de resposta ao jornalista Donizete Arruda, quando afirmou
que Roberto Pessoa não a aceitava como presidente do partido por ser ela uma uma mulher.
Os
que conhecem minimamente Roberto Pessoa, inclusive a própria deputada Gorete
Pereira, sabem que essa “pecha de machista”, não faz o menor sentido, já que
quando prefeito de Maracanaú Roberto criou: a secretaria da mulher, a assessoria
LGBT, construiu e inaugurou o Hospital da Mulher e participou e fomentou
diversas lutas e movimentos em prol destes importantes segmentos sociais.
E
mais, como seria ele machista? Tendo ficado sempre ao lado da deputada Gorete
Pereira, votando e a apoiando em várias eleições consecutivas, para deputada,
prefeita de Juazeiro do Norte, até as últimas eleições nacional de 2014, quando
a deputada com o apoio de Roberto Pessoa e do grupo político que o apoia,
obteve mais de 17.000 (dezessete mil) votos somente em Maracanaú.
O
fato de Roberto Pessoa não ter ido a reboque da deputada, em apoio ao governo
do estado e ao clã Gomista, jamais pode ser visto como um ato de machismo ou de
traição, mais sim como uma atitude política coerente de um dos maiores ícones
da política cearense, de respeito ao desejo do povo que o qualificou como um
líder combativo deste modelo de governo, que desde seu nascedouro está
contaminado pela insegurança, que gera insatisfação e instabilidade à todos.
Não
é segredo ao levar o Partido da Republica para o governo do estado, Gorete
Pereira, busca para si a segurança e a estabilidade política, ante ao poderio econômico
e o peso das máquinas estaduais e da capital cearense. É fato que ela assim
como outros que até ontem por aqui estiveram, na busca de um porto seguro que
lhes garanta a salvação.
Contudo,
estes que veem um porto seguro “No Abolição” não esquecer, que na atual
conjuntura vivenciada no País não existe porto seguro na política,
principalmente para quem votou pelo livramento de Michel Temer das denúncias de
corrupção, e também votou contra os trabalhadores aprovando as reformas propostas
por Temer até o momento. Querer superar tudo isso usando o apoio do governo
cearense que até aqui posicionou-se contra Temer e tudo que ele representa, para
tentar forçar uma reeleição é minimamente estranho e incompreensível.
Deste
modo, penso que mesmo ponto fim a uma relação política e até de amizade tão
duradoura, é aconselhável, como a melhor saída para todos que a nobre deputada
Gorete Pereira, siga seu novo rumo e não fale deste que tanto fez por ela, por
Maracanaú e pelo Ceará, ao longo de sua invejável carreira política, pois como
disse o próprio Roberto Pessoa certa vez, quatro anos passam depressa, imaginem
dois.
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