A
partir de janeiro de 2019 o presidente eleito do Brasil e sua trupe, sob o falacioso, descabido e falso argumento de
instituir a escola sem partido, acabando com o que eles por ignorância ou má-fé
chamam erroneamente de método
ideológico de esquerda. Com isso, pretendem trazer de volta a ideia do ensino religioso/militar,
substituindo assim o atual sistema empirista que oportuniza ao educando demonstrar
seus conhecimentos e permite que ele aprenda pensando por meio de métodos
críticos e analíticos e a partir de então se permita a ajudar na construção das
transformações que a sociedade precisa para evoluir.
Por
tudo que foi divulgado até agora o modelo educacional pretendido pelo presidente
eleito, na verdade é uma prática conhecida e que foi adotada na era medieval, e
cuja ideia central tende à condicionar os educandos, subjugando-os por meio da imposição
de dogmas de caráter Religioso/Militarista
que transforma seres humanos pensantes, em bonecos de ventríloquos, incapazes
de raciocinar por si próprios, o que acabará de uma vez por todas com o pouco de senso crítico que
ainda resta em nosso povo.
Certamente
o fanatismo exacerbado dos fieis adeptos de Jair Bolsonaro, os farão sair em
defesa de seu mestre, arguindo que naquele período surgiram alguns dos maiores pensadores
da história mundial, que estes até hoje alimentam com bases fortes o
conhecimento humano e claro, condenando e tentando relegar ao esquecimento o
que eles por ignorância (falta de conhecimento) chamam de método alienante de
Paulo Freire. Sobre ponto conversei com minha amiga professora Edna Moraes que de
forma sucinta esclareceu na verdade que o Freirianismo não se trata de uma metodologia de ensino e sim de um Referencial Teórico reconhecido
nacional e internacionalmente e que no Brasil é usado com fonte de saber não
apenas pelo magistério, mas por outros segmentos como profissionais de enfermagem
e assistentes sociais dentre outros.
Claro
que no período medieval comprovadamente surgiram
grandes pensadores, mas notem que todos os que se destacaram seja na filosofia,
na matemática, na astronomia, na química, ou em qualquer outra área do
conhecimento, tem em comum a ruptura com a Igreja e o Estado, cujos senhores
supremos eram os Papas e os Reis que tinham sob seu comando algumas das forças e
instrumentos mais poderosos e da terra na época, dentre estas forças estavam o
Tribunal do Santo Ofício e os Exércitos Reais. O fato é que muitos destes
grandes homens que ousaram contrariar as práticas doutrinadoras e as mentiras
propagadas por estes dois poderes, à época, foram excomungados, julgados como
hereges, infiéis, ateus e caçados, torturados, presos e assassinados por ordem
dos Papas e Reis e seus Exércitos.
Se
o senhor Jair Messias Bolsonaro, conseguir colocar em prática essa metodologia
fundada no Dogmatismo e no Militarismo, exceto pela parte de caçar,
torturar, prender perpetuamente e assassinar (pelo menos assim espero), não estaremos
muito distantes período medieval. Tanto que o homem que afirmou que “...a
ideologia pior que a corrupção...”, quer a partir de janeiro de 2019
apagar da história brasileira, o nome do filósofo, pensador, pedagogo e
educador Paulo Freire, um dos maiores e mais notáveis ícones na história
da pedagogia mundial, que além das muitas obras que produziu, destacou-se por
ter notadamente influenciado a chamada Pedagogia Crítica, que permite ao
educando fugir do conhecimento de depósito e desenvolver através do senso crítico
ampliar seus conhecimentos. Por essa prática didática, foi conferido a Paulo Freire
o título de Patrono da Educação Brasileira.
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